Saltos de Produtividade da Humanidade

Há momentos em que a humanidade deu um claro salto de qualidade. Muitos desses saltos se referem a ganhos de produtividade, na produção de alimentos. Eles acabam deixando mais tempo livre, e nesse tempo livre as mentes de nossos antepassados puderam pensar, criar, sonhar…

Estou montando uma lista de momentos que acho importantes. Se quiser me ajudar a completá-la, deixe um comentário abaixo.

  1. Uso das primeiras ferramentas – o trabalho para cortar um animal abatido, diminui muito. Devemos lembrar que os dentes muito utilizados deviam se consumir muito. Ferramentas puderam, por exemplo (e possivelmente) ajudar os mais velhos e sem condições dentárias, a continuar se nutrindo. Alguns antropólogos afirmam que as ferramentas auxiliaram a obter a medula de ossos, que possui grande valor energético.
  2. Fogo – permitiu assar carnes e cozer alguns vegetais, facilitando a digestão e dando um aumento na capacidade de absorver nutrientes (e principalmente energia) a partir dos alimentos. Cada salto de nutrição significa um salto de tempo livre para cuidar de algo mais que a sobrevivência.
  3. Metais – com os metais foi possível melhorar a qualidade de ferramentas, tento novamente os mesmos ganhos de produtividade e liberando mais tempo. Começam a surgir mais funções especializadas – gente que se dedica só a isso, coisa que é viável pois os outros conseguem gerar alimento suficiente para estes especialistas.
  4. Escrita – a cultura e os saberes podem começar a ser anotados. Não mais é preciso aprender tudo o que se sabe na mesma geração. Fica-se imunizado da degradação da informação quando essa passa de uma geração para outra (como na brincadeira “telefone sem fio”). A partir de agora, o que se inventa pode ser perene. Não é preciso mais “reinventar a roda”.
  5. Agricultura – Fixa as pessoas em uma região. Aumento progressivo da quantidade de comida gerada. Inicia-se a melhoria genética de plantas e animais, através da seleção dos melhores. Nos séculos seguintes, povos agricultores avançam sobre os outros. A idéia pega. A produção dispara, há mais tempo livre, mais sobras. As cidades começam a se tornar viáveis.
  6. Cidades – permitem mais especialização de funções, mais indústria, mais contato entre pessoas, portanto mais difusão de saber. Uma tribu nômade com 100 membros não pode reter a mesma quantidade de conhecimento que uma cidade com 30.000 habitantes. Os especialistas podem aprofundar expertises em seu domínio específico do saber.
  7. Tipos Móveis – É a Escrita 2.0! Multiplica-se a capacidade de reter e difundir conhecimento. É uma revolução industrial, só que da informação.
  8. Revolução Industrial – Se a agricultura quase resolveu todos os problemas de geração de comida, essa revolução fez o mesmo com comida, roupas, ferramentas, utensílios, etc. Só a mecanização da lavoura gerou um impacto enorme nos séculos seguintes. Mais gente nas cidades, mais tempo livre. Modernamente chegou-se a espantosa marca de 2 a 4% da população gerando alimento para todos os outros!
  9. Revolução da Informação – talvez estejamos só no seu início. A automação dos meios de produção deixa ainda mais tempo livre.

Você pode se perguntar… Cadê o tempo livre? Eu corro o dia todo como um doido!

Isso se mede na população, não no indivíduo específico. O tempo livre se reflete para alguns como aumento de ganhos e para outros como desemprego.

O desemprego é sério nessa época. A tencologia destrói alguns postos de trabalho e cria outros. Entretanto, os tipos de trabalho criado não são os mesmos que os destruídos. As pessoas que perderam o lugar têm dificuldade de encotrar trabalho no novo ambiente.

Esse problema piora porque a tecnologia muda cada vez mais rápido. Cada vez menos tempo é necessário para um tipo de profissão mudar completamente. Precisamos de educação continuada, e aprendizagem ao longo de toda a vida.

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