A Liberdade das Máquinas de Lavar

Hans Rosling novamente surpreende nos falando sobre a libertação de tempo que se obteve, principalmente as mulheres, com a difusão da máquina de lavar. É mais uma daquelas tecnologias de produtividade que nos liberam tempo livre.

Seguem outras discussões interessantes, como a distribuição do gasto de energia por pessoa, entre diversos países, e a importância das tecnologias verdes para podermos que o planeta aguente sustentar todos com esses nível de benefício.

Welcome to the Matrix

Quando assisti Matrix, fiquei imaginando como poderíamos caminhar para uma situação como aquela, ou como a civilização Borg da série Star Trek. São sociedades-formigueiro e hiperconectadas, a ponto da individualidade se diluir – desaparecer, no caso dos Borgs.

As maravilhas da Internet e da mobilidade, redes sociais e afins têm me sugerido que a resposta pode ser a seguinte: nós nos conectaremos à Matrix, espontaneamente, e aos poucos.

Inquietante.

Escotilhas para a nuvem

O mundo virtual vêm crescendo e absorvendo cada vez mais partes de nossa vida, partes da humanidade. São produções, opiniões, vídeos, músicas e outras formas de arte, ciência e outros saberes, memórias, pegadas, trabalho, contato social, (tele)presença. Enfim, parte das pegadas que a humanidade vai deixando. Agora se fala mais em nuvem, do que em internet. Nuvem é uma internet difusa, onde o conteúdo está guardado de forma espalhada. Não muda muito para quem está na ponta de cá, é mais um detalhe técnico, mas está na moda.

O termo nuvem é muito bom porque dá a idéia de difusão, de não haver início, meio e fim. O mundo virtual é difuso. A distância não faz muito sentido. A internet – a nuvem – tem sido uma nova forma de agrupar as pessoas, por tema, por assunto, por afinidade. É um grito de liberdade da limitação geográfica de todos nós.

Vivemos um processo duplo. Por um lado, colocamos mais e mais nossas informações na nuvem – digo as informações privadas: fotos, emails, agenda, contatos, planilhas, etc… Por outro, novos dispositivos nascem para acessar a nuvem: smartphones e, principalmente, tablets.

São verdadeiras escotilhas para acessarmos a nuven. E como temos várias delas, ter as informações na grande nuvem é uma vantagem. O processo se realimenta. Escotinhas para a nuvem nos impelem a deixar mais informações lá. E tendo tantas informações lá, mais é interessante acessá-las por qualquer escotilha.

Pequenos e Grandes

O que diferencia uma empresa pequena de grandes corporações. Sem dúvida, muitas coisas, mas, fica a seguinte pergunta:

“será que um conjunto de pequenas empresas pode se comportar como uma grande ?”

Acredito que sim, em parte, pelo menos a distância entre pequenas e grandes empresas pode diminuir no que diz respeito à sua capacidade de organizar-se.

Uma empresa é, no fim das contas, um reunião de pessoas que têm um propósito comum, e, pelo menos em tese, deve trabalhar na direção da obtenção desse objetivo comum. Se as pessoas estão juntas, deve haver algum benefício por estarem assim, ou seja, deve haver a emergência de uma propriedade superior em relação à simples soma das pessoas.

O todo é mais que a soma das partes.

O que faz a diferença?

Parte da diferença pode ser atribuída à rede de interação entre as pessoas. Há conhecimento que permeia as pessoas. Isso é compatível com algumas representação de modelos de Redes Neurais: o conhecimento não está nos neurônios, mas na rede de comunicação entre eles.

Uma das coisas que diferem os seres complexos dos simples é a interação entre partes – seja através de comunicação bioquímica, seja neural – o fato é que não seríamos nós se nossas partes não conversassem entre sí.

Qual a relação disso com a empresa?

Se dotarmos uma confederação de pequenas empresas de uma “inteligência”, uma rede de comunicação que também consiga reter conhecimento, em tese podemos esperar o surgimento de “colônias” de pequenas empresas, que se comportem como uma maior.

Essa rede de interconexões já existe, falta utilizá-la adequadamente, o que pode levar muito tempo. Ela precisa ser auto-organizar, da mesma forma que células nervosas também tiveram que fazer até que surjam seus resultados mais interessantes.

Assim, a Internet pode ajudar a criarmos o “Sistema Nervoso Digital” (é o título de um livro de Bill Gates!), para que pequenas empresas possam interagir entre si de forma tão organizada, que pareça uma só ao observador externo.