História da Tecnologia da Informação

Gosto de contrapor a história dos bens físicos com a história dos bens que são informação pura. Muito se discute sobre os últimos anos, quero expor aqui a minha visão “macro”.

Alvin Tofler descreve 3 ondas da produção humana:

  1. A primeira onda, agrícola e com a produção de bens basicamente manufatureira;
  2. A segunda onda, a revolução industrial, quando fomos capazes de produzir cópias idênticas de um bem em escala antes impensável;
  3. A terceira onda, quando capacidade computacional permite personalizarmos os produtos, tentando juntar as vantagens da primeira e da segunda. Fala-se, então, de customização, de produção flexível, etc.

Depois de 300 anos de Revolução Industrial, estamos imersos numa cultura que valoriza (ou desvaloriza) algumas de suas características:

  • Homogeneização e Padronização – os produtos industriais são todos iguais. Pense nas roupas, eram feitas à mão e passaram a ser feitas por máquinas, mas em tamanhos padrão: 38, 40, 42… Tudo é padronizado, há pouca diversidade.
  • Abundância – Tudo pode ser produzido em grande quantidade, portanto de forma barata.
  • Sincronia – Linhas de montagem devem primar pelo tempo comum. é uma forma de padronizar o tempo. Agricultores podiam fazer seu horário. Em uma fábrica, não – as pessoas tem de se encontrar.
  • Empreendedorismo – atividades industriais dificultam o espaço econômico pata o indivíduo. As fábrcas são grandes, complexas… caras. O Capital é importante, e acaba sendo uma barreira (note que na primeira onda, a posse da terra tinha esse mesmo efeito para os agricultores, mas não para artesãos).

A terceira onda começa a contrapor a segunda. Isso não quer dizer que ela a substituirá – muito pelo contrário: a história mostra a convivência das tres ondas.

 Tecnologias da Informação

Na minha visão, as Tencologias da Informação antecipam os acontecimentos, assim, olhando-as podemos imaginar onde a produção irá no futuro. As Tecnologias da Informação tiveram a sua Revolução Industrial pouco antes de 1450, com a Revolução da Imprensa.

Ora, os tipos móveis permitiram que uma página, que antes era copiada manualmente, fosse impressa em grande quantidade, de forma padronizada, a baixo custo. Assim, a abundãncia de informação que dalí surgiu – o grande barateamento do livro deu acesso ao conhecimento. Mais pessoas puderam se “apoioar nos ombros de gigantes”, como disse Isaac Newton, e o progresso acelerou. Cerca de 300 anos mais tarde, esse conhecimento provocou a mesma revolução no meio de produção dos bens físicos.

Na terceira onda vivemos, estamos vivendo a rigor, um processo identico. Primeiro a revolução da informação impactou a própria informação e comunicação. Somente depois, os computadores foram chegando às outras áreas de produção e automatizando, robotizando processos.

Pense nos livros. Primeiro eram feitos e copiados à mão. Depois impressos em série. Hoje, você pode escrevê-los em seu computador e imprimí-los em sua impressora, em casa. Pode inclusive personalizá-los, se quisesse, para seus amigos.

Quando essa capacidade dos livros, chegou à industria, nasceu a Indústria Flexível. Nela é possível fazer prosutos sob medida em escala quase industrial. Esse processo é o que estamos assistindo.

Assim, quando você monta um carro pela internet e efetua a compra, ele é fabricado com as suas especificações, e enviado a você.

Ficar de olho no que acontece com as Tecnologias da Informação e Comunicação, então, pode nos permitir entender onde irão as outras áreas, como a de produção de bens físicos.

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