Pequenos e Grandes

O que diferencia uma empresa pequena de grandes corporações. Sem dúvida, muitas coisas, mas, fica a seguinte pergunta:

“será que um conjunto de pequenas empresas pode se comportar como uma grande ?”

Acredito que sim, em parte, pelo menos a distância entre pequenas e grandes empresas pode diminuir no que diz respeito à sua capacidade de organizar-se.

Uma empresa é, no fim das contas, um reunião de pessoas que têm um propósito comum, e, pelo menos em tese, deve trabalhar na direção da obtenção desse objetivo comum. Se as pessoas estão juntas, deve haver algum benefício por estarem assim, ou seja, deve haver a emergência de uma propriedade superior em relação à simples soma das pessoas.

O todo é mais que a soma das partes.

O que faz a diferença?

Parte da diferença pode ser atribuída à rede de interação entre as pessoas. Há conhecimento que permeia as pessoas. Isso é compatível com algumas representação de modelos de Redes Neurais: o conhecimento não está nos neurônios, mas na rede de comunicação entre eles.

Uma das coisas que diferem os seres complexos dos simples é a interação entre partes – seja através de comunicação bioquímica, seja neural – o fato é que não seríamos nós se nossas partes não conversassem entre sí.

Qual a relação disso com a empresa?

Se dotarmos uma confederação de pequenas empresas de uma “inteligência”, uma rede de comunicação que também consiga reter conhecimento, em tese podemos esperar o surgimento de “colônias” de pequenas empresas, que se comportem como uma maior.

Essa rede de interconexões já existe, falta utilizá-la adequadamente, o que pode levar muito tempo. Ela precisa ser auto-organizar, da mesma forma que células nervosas também tiveram que fazer até que surjam seus resultados mais interessantes.

Assim, a Internet pode ajudar a criarmos o “Sistema Nervoso Digital” (é o título de um livro de Bill Gates!), para que pequenas empresas possam interagir entre si de forma tão organizada, que pareça uma só ao observador externo.